domingo, 6 de janeiro de 2013

Emanuel Bonequeiro a revelação de 2012 em Caicó



Caro amigo, Emanuel.
Um forte abraço.

Tenho tão grande prazer de dizer a todos aqui, seus familiares, os velhos amigos, antigos, colegas, autoridades, gente do teatro, gente das Letras. A todos. Uma homenagem parece ser um instante fora do quotidiano para avaliarmos um pouco, uma parte da vida de alguém, uma fatia dessa vida que teve imenso significado e grande valia para tantos, são esses tantos os que, no ano de 2012 inevitavelmente em suas próprias vidas, no seu oficio de representar, dão de reconhecer o homenageado, o artista revelação do ano de 2012 em Caicó.
Emanuel Bonequeiro, olhar aí nascido, forçosamente horizontal, um destaque entre tantos outros. Mas uma porção, uma leiva, um fragmento da vida de alguém com luz própria e às vezes uma luz tão intensa, refulgente, que nos faz parar um momento e ficar olhando para esse representasse e vendo como é, sendo doutro, nos influenciou, nos marcou, e em grande parte contribuiu significativamente para sermos o que somos, uma Trupe de teatro versátil, e para cima, onde só encontramos, superiores a nós, esse aspecto deslumbrante de alguém e que nos assombra pelo talento próprio que tivemos a oportunidades de descobrir juntos.
Quando o destacamos, nós o homenageamos. Quando reverenciamos essa parcela de alguém, estamos salientando o quanto foi notado, o quanto de melhor de sir mesmo podemos perceber e aplaudir.
Melhor assim: saber o que de si foi notado, foi testemunhado e o fez existir no sentido cogitado, convidado, e até cobiçado por outros grupos. Mas és livre e podes voar para onde quiseres. Ao nosso convívio, à nossa casa de cultura e de trabalho, que sempre foi também a casa em que ele exerceu seus ofícios, e de onde seu espírito de bonequeiro foi fortalecido ao nosso lado. É um momento para dizer-lhe de seu prestígio e de nossa consideração.
Emanuel pela caminhada largamente com a Trupe de Teatro Balaio das Artes, mundo da imaginação, vertendo o que concebeu em palavras que organizou para a expressão com Benedito seu boneco e companheiro, e nos mostrou, com seu modo muito peculiar, até onde a febril força criativa que o anima permitiu levá-lo.
Tornou-se conhecido de muitos pela sua verve artística, lançando ao papel mache, como artesão, os sortilégios sedutores compartilhado com o mestre Magão. Fazendo do material disponivel o que melhor pode fazer. Depois deu vida a seu Benedito e nos fez caminhar com ele por seu mundo, esse seu mundo onde habitam seres humanos com características vivenciais aparentemente únicas, mas que, logo a seguir e em metáfora, vemos representarem a humanidade. O mundo de seu Benidito, com uma beleza regional de nossa cultura através da poesia popular do cordel e das musicas de nossa gente.
Emanuel, embora não perceba é um homem de fronteira com o pé no universo, e que volta à fronteira para montar, fragmento após fragmento, a totalidade que o comove, e este universo é uma terra só, feita de caatinga, lendas, historias de cangaço, de carnavais, festas religiosas e personagens cheios de irreverências, onde todos estamos e compomos.
Emanuel Bonequeiro compõe Benedito como um compositor conduz lentamente a letra musical, é meticuloso e é estudioso, para não permitir que a loucura da imaginação o retire completamente da concretude do mundo, ainda que tenha menos compromisso com essa concretude do que com a arte.


Companheiro que mim perdoem todos os outros que foram apontados como revelação em 2012, esse titulo é seu por todo que você produziu e revelou para nós todos.
Um Grande abraço de todos que fazem a Trupe de Eeatro Balaio das Artes.

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