quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pra ser seguido Frente Estadual Antimanicomial – SP


A Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo surgiu do processo de organização e mobilização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial no Estado de São Paulo. Como também, das principais atividades e lutas contra os retrocessos assistidos em São Paulo na Saúde Pública e na Reforma Psiquiátrica. A Frente é a soma de um conjunto de entidades, movimentos, organizações e militantes em Defesa do Sistema Único de Saúde 100% Público e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.

Dia 18 de maio de 2012: Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Atividade: Ato com concentração no Vão Livre do MASP
Concentração: 13 horas
Endereço: Avenida Paulista 1578 – São Paulo – SP (Próximo ao Metrô Trianon-Masp)
Trajeto: Masp – CAPS Itapeva – MASP – Avenida Paulista – Av. Dr. Arnaldo – Secretaria de Estado da Saúde.
 18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Saúde não se vende! Loucura não se prende! Quem ta doente é o sistema social!
Manifestação Pública no vão livre do Masp – concentração às 13 horas
O Sistema Único de Saúde (SUS) e as conquistas da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial estão ameaçadas!
O SUS não pode funcionar sem dinheiro e por isso, desde sua criação, a garantia de financiamento adequado é uma reivindicação da sociedade brasileira. Não podemos aceitar que as diversas esferas de governo (federal, estadual e municipal) destinem tão poucos recursos à saúde. O governo federal cortou 5,4 bilhões do orçamento da saúde em 2012.
A política pública de saúde mental, construída pelos esforços dos movimentos de usuários, trabalhadores e gestores, está sendo atacada por setores que lucram com o direito à saúde da população.
Não podemos permitir que o governo do Estado de São Paulo continue investindo e financiando sistematicamente em serviços e políticas públicas de saúde mental que geram exclusão, segregação, dor e sofrimento à população que deles necessitam. E entrega a gestão e a oferta de cuidados em saúde para entidades privadas que estão preocupadas somente com seu lucro e não com a saúde integral da população.
Essas empresas pressionam seus trabalhadores para garantir lucro. Na saúde mental esta relação impossibilita o cuidado de forma integral e a garantia da realização de ações de inclusão social. O maior exemplo disso é o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil, o CAPS “Luis da Rocha Cerqueira” – o CAPS Itapeva que, depois de ser entregue a uma empresa de saúde em 2007 começou a expulsar e/ou suspender seus usuários por julgar que estes estavam se “comportando mal”.
O mesmo governo que entrega a rede de atenção psicossocial a essas empresas de saúde se reveste de atitudes autoritárias, repressoras e violentas contra a população, promovendo a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais através de um grande projeto de higienização social e encarceramento em massa do povo oprimido, tudo isso em nome dos interesses como os da especulação imobiliária e dos grandes eventos como a Copa do Mundo. Episódios como os ataques covardes aos alunos da USP, expulsão de mais de 3000 famílias do Pinheirinho em São José dos Campos, a realização de ações truculentas com pessoas no bairro da Luz, conhecido hoje como “cracolândia” com o objetivo de garantir o projeto higienista da “NOVA LUZ” em São Paulo, tentativas de privatizar e fechar o Centro de Atenção Integral em Saúde Mental (CAISM) Água Funda e a pretensão de reabrir leitos em Hospitais Psiquiátricos em diversos localidades, são as marcas desse governo repressor e violento contra o cidadão do estado de São Paulo.
Compactuando da logica excludente, o governo Federal aprovou o financiamento das comunidades terapêuticas que lucram com a internação –sem preocuparem-se de fato com o usuário em que muitas vezes são forçados e levados para internação, não revendo as relações sociais e a omissão do Estado nas politicas sociais que provocam na população dor e sofrimento e abandona a muitos em condições de alta vulnerabilidade.
Nós, loucos usuários, loucos trabalhadores, loucos estudantes, loucos gestores e loucos movimentos sociais lutamos e reivindicamos o fim da exclusão social, segregação e preconceito!
Defendemos uma sociedade que tenha como valor a liberdade, a igualdade e a justiça social e promova o cuidado das pessoas em sofrimento psíquico em meio aberto – no seu território, na sua comunidade. Isso só se constrói investindo em serviços e políticas públicas inclusivas e comunitárias e que respeitem a autonomia do sujeito, o direito a liberdade e as diferenças regionais e individuais.
Queremos uma sociedade onde o direito a humanidade é de todos!
 Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo, assinam:
1.       Associação Brasileira de Psicologia Social Núcleo Campinas – ABRAPSO Campinas
2.      Associação Brasileira de Psicologia Social Núcleo Cuesta – ABRAPSO Cuesta
3.      Associação Brasileira de Psicologia Social Núcleo São Paulo – ABRAPSO São Paulo
4.      Associação Brasileira de Psicologia Social Regional São Paulo – ABRAPSO Regional São Paulo
5.      Associação Brasileira de Psicologia Social Núcleo Bauru – ABRAPSO Bauru
6.      Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME
7.      Associação De Volta para Casa
8.     Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental de Minas Gerais (ASUSSAM)
9.      Associação Fazendo Diferente – Associação de Usuários e Familiares de Saúde Mental de Mauá
10.  Associação José Martins de Araújo Júnior
11.   Associação Loucos Por Você – Ipatinga (MG)
12.  Associação Paulista de Saúde Pública – APSP
13.  Cadeira das Centrais Sindicais do Segmento Usuários do Conselho Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo – Oldimar S.A. Dos Santos
14.  CANUT, Centro Acadêmico de Nutrição ” Benedita Ribeiro Lopes
15.   Centro de Defesa da Criança e do Adolescente CEDECA INTERLAGOS
16.  Coletivo DAR
17.   Coletivo de Organização do 18 de Maio – Rio de Janeiro
18.  Conselho Federal de Psicologia – CFP
19.  Conselho Gestor da Saúde do Trabalhador – CRST-Sé
20. Conselho Regional de Psicologia de São Paulo – CRP-SP
21.  Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro -CRP RJ
22. Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo – CRESS-SP
23. COREP-SP (Conselho Regional dos Estudantes de Psicologia do Estado de São Paulo)
24. Cure o Mundo
25.  Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP
26. Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba – FLAMAS
27.  Fórum Mineiro de Saúde Mental
28. Fórum Permanente de Saúde do Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro (FPSSP-RJ)
29. Fórum Permanente Intersetorial de Saúde Mental da Região de Ourinhos
30. Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista
31.  Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista
32. Fórum Popular de Saúde de São Paulo
33. Fórum Popular de Saúde Mental do ABCDMRR
34. Grupo de Estudos e Pesquisas Saúde Pública e Saúde Mental na Atenção Primária, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UNESP-Botucatu.
35.  Liga de Saúde Mental da USP-RP
36. Mandato Do Deputado Estadual Carlos Giannazi
37.  Mandato do Vereador Carlos Neder
38. Mandato do Dep. Adriano Diogo
39. Mandato do Dep. Carlos Grana
40. Mandato do Dep. Federal Newton Lima
41.  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
42. Movimento Nacional da Luta Antimanicomial
43. Movimento Nacional da População De Rua (MNPR)
44. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde Núcleo da Região de Ribeirão Preto – Cebes RP
45.  Núcleo de Estudos e Pesquisas “Psicologia Social E Educação: Contribuições Do Marxismo” – NEPPEM, UNESP Bauru-Botucatu- Presidente Prudente.
46. Plenária Estadual de Saúde de São Paulo
47.  Plenária Municipal de Saúde de São Paulo
48. Rede de Saúde Mental e Economia Solidaria
49. Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial
50. Secretaria de Saúde de Embu das Artes
51.   Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Paulista
52.  Sindicato dos Guardas Civis de São Paulo – Sindguardas-Sp
53.  Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo
54.  Suricato – Associação de Trabalho e Produção Solidária (MG)
55.  União de Movimentos Populares de Saúde do Município de São Paulo –UMPS
Sind. dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisao no Est. São Paulo

FITERT Federação dos Radialistas.

Caicó esta precisando construir também sua frente, porque se para os ditos “normais”  acesso aos serviços de saúde deixa muita a deseja imagine para quem precisa dos serviços de saúde mental que estão a cada dia se distanciando do que determina a reforma psiquiatra.

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