A
Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo surgiu do processo de organização e
mobilização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial no
Estado de São Paulo. Como também, das principais atividades e lutas contra os
retrocessos assistidos em São Paulo na Saúde Pública e na Reforma Psiquiátrica.
A Frente é a soma de um conjunto de entidades, movimentos, organizações e
militantes em Defesa do Sistema Único de Saúde 100% Público e da Reforma
Psiquiátrica Antimanicomial.
Dia 18 de maio de
2012: Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Atividade: Ato com
concentração no Vão Livre do MASP
Concentração: 13
horas
Endereço: Avenida
Paulista 1578 – São Paulo – SP (Próximo ao Metrô Trianon-Masp)
Trajeto: Masp –
CAPS Itapeva – MASP – Avenida Paulista – Av. Dr. Arnaldo – Secretaria de Estado
da Saúde.
18 de maio – Dia Nacional da Luta
Antimanicomial
Saúde não se vende! Loucura não se prende! Quem ta
doente é o sistema social!
Manifestação Pública no vão livre do Masp –
concentração às 13 horas
O Sistema Único de
Saúde (SUS) e as conquistas da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica
Antimanicomial estão ameaçadas!
O SUS não pode
funcionar sem dinheiro e por isso, desde sua criação, a garantia de
financiamento adequado é uma reivindicação da sociedade brasileira. Não podemos
aceitar que as diversas esferas de governo (federal, estadual e municipal)
destinem tão poucos recursos à saúde. O governo federal cortou 5,4 bilhões do
orçamento da saúde em 2012.
A política pública
de saúde mental, construída pelos esforços dos movimentos de usuários,
trabalhadores e gestores, está sendo atacada por setores que lucram com o
direito à saúde da população.
Não podemos
permitir que o governo do Estado de São Paulo continue investindo e financiando
sistematicamente em serviços e políticas públicas de saúde mental que geram
exclusão, segregação, dor e sofrimento à população que deles necessitam. E
entrega a gestão e a oferta de cuidados em saúde para entidades privadas que
estão preocupadas somente com seu lucro e não com a saúde integral da
população.
Essas empresas
pressionam seus trabalhadores para garantir lucro. Na saúde mental esta relação
impossibilita o cuidado de forma integral e a garantia da realização de ações
de inclusão social. O maior exemplo disso é o primeiro Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) do Brasil, o CAPS “Luis da Rocha Cerqueira” – o CAPS
Itapeva que, depois de ser entregue a uma empresa de saúde em 2007 começou a
expulsar e/ou suspender seus usuários por julgar que estes estavam se
“comportando mal”.
O mesmo governo que
entrega a rede de atenção psicossocial a essas empresas de saúde se reveste de
atitudes autoritárias, repressoras e violentas contra a população, promovendo a
criminalização da pobreza e dos movimentos sociais através de um grande projeto
de higienização social e encarceramento em massa do povo oprimido, tudo isso em
nome dos interesses como os da especulação imobiliária e dos grandes eventos
como a Copa do Mundo. Episódios como os ataques covardes aos alunos da USP,
expulsão de mais de 3000 famílias do Pinheirinho em São José dos Campos, a
realização de ações truculentas com pessoas no bairro da Luz, conhecido hoje
como “cracolândia” com o objetivo de garantir o projeto higienista da “NOVA
LUZ” em São Paulo, tentativas de privatizar e fechar o Centro de Atenção
Integral em Saúde Mental (CAISM) Água Funda e a pretensão de reabrir leitos em
Hospitais Psiquiátricos em diversos localidades, são as marcas desse governo
repressor e violento contra o cidadão do estado de São Paulo.
Compactuando da
logica excludente, o governo Federal aprovou o financiamento das comunidades
terapêuticas que lucram com a internação –sem preocuparem-se de fato com o
usuário em que muitas vezes são forçados e levados para internação, não revendo
as relações sociais e a omissão do Estado nas politicas sociais que provocam na
população dor e sofrimento e abandona a muitos em condições de alta
vulnerabilidade.
Nós, loucos
usuários, loucos trabalhadores, loucos estudantes, loucos gestores e loucos
movimentos sociais lutamos e reivindicamos o fim da exclusão social, segregação
e preconceito!
Defendemos uma
sociedade que tenha como valor a liberdade, a igualdade e a justiça social e
promova o cuidado das pessoas em sofrimento psíquico em meio aberto – no seu
território, na sua comunidade. Isso só se constrói investindo em serviços e
políticas públicas inclusivas e comunitárias e que respeitem a autonomia do
sujeito, o direito a liberdade e as diferenças regionais e individuais.
Queremos uma
sociedade onde o direito a humanidade é de todos!
Frente
Estadual Antimanicomial de São Paulo, assinam:
1.
Associação Brasileira de Psicologia
Social Núcleo Campinas – ABRAPSO Campinas
2.
Associação Brasileira de Psicologia
Social Núcleo Cuesta – ABRAPSO Cuesta
3.
Associação Brasileira de Psicologia
Social Núcleo São Paulo – ABRAPSO São Paulo
4.
Associação Brasileira de Psicologia
Social Regional São Paulo – ABRAPSO Regional São Paulo
5.
Associação Brasileira de Psicologia
Social Núcleo Bauru – ABRAPSO Bauru
6.
Associação Brasileira de Saúde Mental
– ABRASME
7.
Associação De Volta para Casa
8.
Associação dos Usuários dos Serviços
de Saúde Mental de Minas Gerais (ASUSSAM)
9.
Associação Fazendo Diferente –
Associação de Usuários e Familiares de Saúde Mental de Mauá
10. Associação José Martins de Araújo Júnior
11.
Associação Loucos Por Você – Ipatinga
(MG)
12. Associação Paulista de Saúde Pública – APSP
13. Cadeira das Centrais Sindicais do Segmento Usuários
do Conselho Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo – Oldimar S.A. Dos Santos
14. CANUT, Centro Acadêmico de Nutrição ” Benedita
Ribeiro Lopes
15.
Centro de Defesa da Criança e do
Adolescente CEDECA INTERLAGOS
16. Coletivo DAR
17.
Coletivo de Organização do 18 de Maio
– Rio de Janeiro
18. Conselho Federal de Psicologia – CFP
19. Conselho Gestor da Saúde do Trabalhador – CRST-Sé
20. Conselho Regional de Psicologia de São Paulo –
CRP-SP
21. Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro
-CRP RJ
22. Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo –
CRESS-SP
23. COREP-SP (Conselho Regional dos Estudantes de
Psicologia do Estado de São Paulo)
24. Cure o Mundo
25. Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da PUC-SP
26. Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba – FLAMAS
27. Fórum Mineiro de Saúde Mental
28. Fórum Permanente de Saúde do Sistema Penitenciário
do Estado do Rio de Janeiro (FPSSP-RJ)
29. Fórum Permanente Intersetorial de Saúde Mental da
Região de Ourinhos
30. Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista
31. Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista
32. Fórum Popular de Saúde de São Paulo
33. Fórum Popular de Saúde Mental do ABCDMRR
34. Grupo de Estudos e Pesquisas Saúde Pública e Saúde
Mental na Atenção Primária, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva,
UNESP-Botucatu.
35. Liga de Saúde Mental da USP-RP
36. Mandato Do Deputado Estadual Carlos Giannazi
37. Mandato do Vereador Carlos Neder
38. Mandato do Dep. Adriano Diogo
39. Mandato do Dep. Carlos Grana
40. Mandato do Dep. Federal Newton Lima
41. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
42. Movimento Nacional da Luta Antimanicomial
43. Movimento Nacional da População De Rua (MNPR)
44. Centro Brasileiro de Estudos de Saúde Núcleo da
Região de Ribeirão Preto – Cebes RP
45. Núcleo de Estudos e Pesquisas “Psicologia Social E
Educação: Contribuições Do Marxismo” – NEPPEM, UNESP Bauru-Botucatu- Presidente
Prudente.
46. Plenária Estadual de Saúde de São Paulo
47. Plenária Municipal de Saúde de São Paulo
48. Rede de Saúde Mental e Economia Solidaria
49. Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial
50. Secretaria de Saúde de Embu das Artes
51.
Secretaria Municipal de Saúde de
Várzea Paulista
52. Sindicato dos Guardas Civis de São Paulo –
Sindguardas-Sp
53. Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo
54. Suricato – Associação de Trabalho e Produção
Solidária (MG)
55. União de Movimentos Populares de Saúde do Município
de São Paulo –UMPS
Sind. dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão
e Televisao no Est. São Paulo
FITERT Federação dos Radialistas.
Caicó esta precisando construir também sua frente,
porque se para os ditos “normais” acesso aos serviços de saúde deixa muita a deseja imagine para quem precisa
dos serviços de saúde mental que estão a cada dia se distanciando do que determina
a reforma psiquiatra.
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