domingo, 24 de junho de 2012

II SALÃO NORDESTE DE ARTE POPULAR CHICO SANTEIRO


Foto Maguila TorquatoFoto Maguila Torquato

Caicó será muito bem representado no II SALÃO NORDESTE DE ARTE POPULAR CHICO SANTEIRO.

Foto Maguila TorquatoFoto Maguila Torquato

 O presente edital de concurso público está em conformidade com as finalidades estabelecidas pela SECULT/FJA, em especial para:
a. Formular e supervisionar a execução da política estadual de cultura, em estreita articulação com os órgãos e entidades a ela vinculados, atendendo às demandas do governo e às aspirações da sociedade;
b. Incentivar a criação artística em todas as suas formas de expressão, a pesquisa de novas linguagens, a formação e o aprimoramento de eventos e programas culturais executados pela sociedade civil organizada.
O Edital tem o objetivo de selecionar 30 (trinta) obras, visando incentivar, reconhecer e divulgar os artistas visuais nordestinos, além de promover, inclusive, o intercâmbio dos artistas participantes e suas obras.



















Caicó será representado pela peça O Vaqueiro de Ronaldo Batista (Magão). Uma criação em papel e papelão que revela uma sensibilidade que parece se expressa também na raiva, na intolerância, na angústia, na loucura e na violência, mais ao mesmo tempo parece manifesta alegria satisfação e contentamento ou ainda cansaço da labuta.

Foto Maguila TorquatoFoto Maguila Torquato

A obra de Magão nos leva de volta  a um tempo em que a nossa região ainda não fora invadida pelos plásticos, eletro-eletrônicos vindos do Paraguai, nem pelas quinquilharias importadas da China.  Nos leva ao artista popular com o seu trabalho manual, de utilidade na vida diária, como potes, quartinhas, panelas, colchões de palha de arroz, arreios e cordas.




O que era útil perdeu a função. Para que fabricar caixotes de madeira e casuá para transporte de rapadura, se não existem mais engenhos nem consumo de rapadura como antigamente?  Sentar num tamborete de madeira, o mesmo que faz senta o seu vaqueiro e olhar para esse personagem  criado por Magão é colocar um olhar em uma cultura ainda muito presente no nosso Seridó.


A vida no meio rural e meio urbana de Caicó se faz representada em cada marca deste papel e papelão moldado pelas mãos deste Caicoense.
Contemporânea, incorporando o lixo urbano, isso que hoje chamam de reciclagem. Performática, cria a cena, o ambiente e fala para todo homem do sertão. 


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