Caicó será muito bem representado
no II SALÃO NORDESTE DE ARTE POPULAR CHICO SANTEIRO.
O presente edital de concurso público está em
conformidade com as finalidades estabelecidas pela SECULT/FJA, em especial
para:
a. Formular
e supervisionar a execução da política estadual de cultura, em estreita
articulação com os órgãos e entidades a ela vinculados, atendendo às demandas
do governo e às aspirações da sociedade;
b. Incentivar a criação
artística em todas as suas formas de expressão, a pesquisa de novas linguagens,
a formação e o aprimoramento de eventos e programas culturais executados pela
sociedade civil organizada.
O Edital tem o objetivo de
selecionar 30 (trinta) obras, visando incentivar, reconhecer e divulgar os
artistas visuais nordestinos, além de promover, inclusive, o intercâmbio dos
artistas participantes e suas obras.
Caicó será representado pela peça O
Vaqueiro de Ronaldo Batista (Magão). Uma criação em papel e papelão que revela
uma sensibilidade que parece se expressa também na raiva, na intolerância, na
angústia, na loucura e na violência, mais ao mesmo tempo parece
manifesta alegria satisfação e contentamento ou ainda cansaço da labuta.
A
obra de Magão nos leva de volta a um
tempo em que a nossa região ainda não fora invadida pelos plásticos,
eletro-eletrônicos vindos do Paraguai, nem pelas quinquilharias importadas da
China. Nos leva ao artista popular com o
seu trabalho manual, de utilidade na vida diária, como potes, quartinhas,
panelas, colchões de palha de arroz, arreios e cordas.
O
que era útil perdeu a função. Para que fabricar caixotes de madeira e casuá para
transporte de rapadura, se não existem mais engenhos nem consumo de rapadura
como antigamente? Sentar num tamborete
de madeira, o mesmo que faz senta o seu vaqueiro e olhar para esse personagem criado por Magão é colocar um olhar em uma
cultura ainda muito presente no nosso Seridó.
A vida no meio rural e meio
urbana de Caicó se faz representada em cada marca deste papel e papelão moldado
pelas mãos deste Caicoense.
Contemporânea,
incorporando o lixo urbano, isso que hoje chamam de reciclagem. Performática,
cria a cena, o ambiente e fala para todo homem do sertão.
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