quarta-feira, 30 de abril de 2014

Batendo com a cara na porta



Mais uma vez venho a publico presta minha solidariedade aos promotores do espetáculo de domingo e ao grupo de teatro que por conta da não realização do espetáculo, fica em duvida a suas reputações diante da comunidade caicoense que não acompanha o processo da falta de respeito com a cultura do nosso estado. Tenho sido um militante e batido de frente com o governo e meus companheiros artistas que não acreditam que as coisas são conquistadas com organização e esperam que caiam  do céu, que permanecem na zona de conforto com medo de se indispor com o poder. O exemplo disso é toda minha luta pelo sistema de cultura, pela realização das conferencias de cultura e adesão ao sistema nacional de cultura. A questão cultural hoje, sem dúvida alguma, permeia quase todas as discussões sobre o mundo contemporâneo. Entendida aqui como um conceito amplo, a Cultura engloba não apenas as manifestações artísticas ou intelectuais e o patrimônio, mas o esporte, o lazer, o bem-estar, a cidadania, o imaginário, a fantasia, a auto estima, o crescimento e melhoria, a memória, a tradição e o futuro. Percebo que a cultura tem que ser encarada em três níveis: o primeiro deles, a Cultura é entendida como ferramenta de desenvolvimento econômico.  Uma outra perspectiva é a que encara a Cultura como alavanca para a transformação social. Uma terceira, menos usual e bastante instigante, é aquela que defende o valor da Cultura em si mesma. Portanto não podemos ficar tratando o Centro Cultural só como espaço aberto e preciso que ele pulse cultura, que ele possa exalar o cheiro do que somos culturalmente. 
Francisco das Chagas e Silva.

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