Para o artista que juntou todas as penas e lavou, botou para
secar e depois guardou em uma sacola, essas penas tem mil possibilidades.
Para alguém que nunca viu as possibilidades que as penas de
galinha oferecem como quem ver nelas matéria prima para o seu trabalho,
chamaria de lixo e jogaria fora.
Vendo agora pouco fotos maravilhosas do Espetáculo P’s da Trapiá
Cia Teatral me lembrei do discurso do Vereador na Câmara de Caicó: “Minha gente
a Casa de Cultura era um verdadeiro Lixão, tiramos quatro contendes de lixo e
jogamos fora. ” Ai diante das
belas fotos do P’s agradeci a Deus por ter o espetáculo um novo endereço,
porque se fosse a casa de cultura, tudo o cenário teria sido considerado lixo e
tinha parado dentro de um contende.
Toda nossa matéria prima jogada fora, os retalhos de prástico,
papel, madeira, papelão, tecidos e sonhos chamados de lixo.
Mais de Volta ao P’s, espetáculo reconhecido e premiado
nacionalmente, dá um orgulho danado ver tudo que talvez alguém chamou de lixo
numa composição tão maravilhosa que só posso chamar de arte.
Com arte respondemos todo o descaso de quem não tem sensibilidade
e nem é capaz de percebe-la. Mais água mole em pedra dura tanto bate até que
fora.
Sabemos muito bem a literal frase: "sacola de penas". Uma história construída do nada e que gerou grandes frutos.
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