terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Descaso aos espaços públicos em Caicó - Existimos a que será que se destina?




Os espaços urbanos de nossa cidade tem evidenciado uma multiplicidade de experiências sociais. Algumas ressaltam a dimensão política, através da cooperação ou do confronto entre grupos, que para demonstra força muda o nome da Conhecida Praça da Liberdade, para um nome de um Senador; outras enfatizam a dimensão estética, como a moderna praça da alimentação, que de um espaço de recreação infantil passou a ser um restaurante a céu abeto onde as pessoas desfilam o seu último look da moda; por fim religiosa ou cívica, experiências relacionadas aos rituais lúdicos, de entretenimento, como o carnaval, o futebol, voleibol, ou ainda, experiências dramáticas, como a violência.

O espaço urbano abriga complexos processos de fluxos de informações, e nele que acontece a sociabilidade, a existência da sociabilidade que compreende a ocupação dos espaços pelo povo, essa ocupação por sua vez demarcam a existência de lugares e não-lugares no espaço urbano indiferenciado e funcionalizado. Quem não lembra a praça do Dom José Delgado (CDS) como era viva e frequentada antes de ser transformada num imensa calçada sem arvores e bancos.  

Nesse universo, o que se pretende é saber de que maneira tais lugares são modificados sem planejamento, como transformam-se em espaço público, e por que deixa de ser, parte-se do pressuposto de que a construção do espaço público, entrelaça grupos sociais e permite uma relação afetiva, vivencias e histórias de vida, há construção de referências, identidade coletiva, que compõem, por sua vez, o que se denomina o conjunto da memória coletiva.

Infelizmente na nossa cidade os espaços não são conservados como deveriam, a cada gestão, muda-se a arquitetura sem considera a estética original e a estética empírica estabelecida entre espaço e público. Muda-se o nome, muda a finalidade, pita o monumento de broxe com esmalte sintético em vez de limpa, quebram regras de segurança, desfigura a arquitetura original.

A ilha de Santana, nosso complexo turísticos está virando uma favela pelos remendos que vem sendo feito, sem nem uma preocupação estética, de mobilidade, de segurança e de planejamento.

O que é notório é que o povo da cidade tem uma relação afetiva com o espaço da ilhar, um exemplo disso foi a virada de ano, que mesmo sem uma atração o povo ocupou o espaço para celebra o ano novo, por outro lado os poderes públicos demonstra total descaso com a conservação do espaço físico, turístico, social e cultural que é a Ilha de Santana e não permite que ele seja o espaço público que potencialmente deveria ser.


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