Os espaços urbanos
de nossa cidade tem evidenciado uma multiplicidade de experiências sociais.
Algumas ressaltam a dimensão política, através da cooperação ou do confronto
entre grupos, que para demonstra força muda o nome da Conhecida Praça da Liberdade,
para um nome de um Senador; outras enfatizam a dimensão estética, como a
moderna praça da alimentação, que de um espaço de recreação infantil passou a
ser um restaurante a céu abeto onde as pessoas desfilam o seu último look da
moda; por fim religiosa ou cívica, experiências relacionadas aos rituais
lúdicos, de entretenimento, como o carnaval, o futebol, voleibol, ou ainda,
experiências dramáticas, como a violência.
O espaço urbano
abriga complexos processos de fluxos de informações, e nele que acontece a
sociabilidade, a existência da sociabilidade que compreende a ocupação dos
espaços pelo povo, essa ocupação por sua vez demarcam a existência de lugares e
não-lugares no espaço urbano indiferenciado e funcionalizado. Quem não lembra a
praça do Dom José Delgado (CDS) como era viva e frequentada antes de ser
transformada num imensa calçada sem arvores e bancos.
Nesse universo, o
que se pretende é saber de que maneira tais lugares são modificados sem
planejamento, como transformam-se em espaço público, e por que deixa de ser,
parte-se do pressuposto de que a construção do espaço público, entrelaça grupos
sociais e permite uma relação afetiva, vivencias e histórias de vida, há
construção de referências, identidade coletiva, que compõem, por sua vez, o que
se denomina o conjunto da memória coletiva.
Infelizmente na
nossa cidade os espaços não são conservados como deveriam, a cada gestão,
muda-se a arquitetura sem considera a estética original e a estética empírica
estabelecida entre espaço e público. Muda-se o nome, muda a finalidade, pita o
monumento de broxe com esmalte sintético em vez de limpa, quebram regras de
segurança, desfigura a arquitetura original.
A ilha de Santana,
nosso complexo turísticos está virando uma favela pelos remendos que vem sendo
feito, sem nem uma preocupação estética, de mobilidade, de segurança e de
planejamento.
O que é notório é
que o povo da cidade tem uma relação afetiva com o espaço da ilhar, um exemplo
disso foi a virada de ano, que mesmo sem uma atração o povo ocupou o espaço
para celebra o ano novo, por outro lado os poderes públicos demonstra total
descaso com a conservação do espaço físico, turístico, social e cultural que é
a Ilha de Santana e não permite que ele seja o espaço público que
potencialmente deveria ser.
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