segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Caicó é incipiente em gestão cultural




A nossa cidade é muito rica culturalmente, mas incipiente em gestão cultural. As tentativas de alguns autores na busca de construir um caminho com perspectiva da gestão cultural esbarra num olha estreito e amador dos artistas, produtores e gestores. O exercício contínuo que deveria ser praticado pelos agentes que atuam no meio cultural, que deveria estar focado na construção de uma política cultural, que viabilizasse a produção cultural de todos e para todos, pois essa exige grande capacidade de percepção e disposição para o diálogo, esbarra na politicagem de meras indicações de nomes para gagos comissionados em espaços meramente físicos de governo, sem nem um plano de funcionamento ou gestão.
Atribui-se ao nome a possibilidade de mudança, a esperança de que as coisas mudem, quando na realidade deveríamos fomentar a discussão em torno dos meandros e desafios da gestão e das garantias das condições de que estes espaços pudessem funcionar, a partir de uma política de gestão que garantisse uma dinâmica independente de quem fosse o gestor.
A arte, como um processo de produção simbólica, ultrapassa o espaço físico, na produção cultural contemporânea é um espaço rico para questionamentos acerca da comunicação e da cultura. Assim podemos pensar as manifestações contemporâneas da arte como fenômeno cultural complexo. Na medida em que indicam a possibilidade de interesses de grupos corremos o risco de experimentamos processos estagnados e impedimos a circulação de valores e signos.
Somos incipientes no dialogo cultural, se faz necessário a construção de discursos e práticas, ligados à constituição de nossos modos de ver o interesse pessoal e da coletividade no processo de construção do acesso ao bens culturais na Cidade de Caicó

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