segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Caicó é incipiente em gestão cultural




A nossa cidade é muito rica culturalmente, mas incipiente em gestão cultural. As tentativas de alguns autores na busca de construir um caminho com perspectiva da gestão cultural esbarra num olha estreito e amador dos artistas, produtores e gestores. O exercício contínuo que deveria ser praticado pelos agentes que atuam no meio cultural, que deveria estar focado na construção de uma política cultural, que viabilizasse a produção cultural de todos e para todos, pois essa exige grande capacidade de percepção e disposição para o diálogo, esbarra na politicagem de meras indicações de nomes para gagos comissionados em espaços meramente físicos de governo, sem nem um plano de funcionamento ou gestão.
Atribui-se ao nome a possibilidade de mudança, a esperança de que as coisas mudem, quando na realidade deveríamos fomentar a discussão em torno dos meandros e desafios da gestão e das garantias das condições de que estes espaços pudessem funcionar, a partir de uma política de gestão que garantisse uma dinâmica independente de quem fosse o gestor.
A arte, como um processo de produção simbólica, ultrapassa o espaço físico, na produção cultural contemporânea é um espaço rico para questionamentos acerca da comunicação e da cultura. Assim podemos pensar as manifestações contemporâneas da arte como fenômeno cultural complexo. Na medida em que indicam a possibilidade de interesses de grupos corremos o risco de experimentamos processos estagnados e impedimos a circulação de valores e signos.
Somos incipientes no dialogo cultural, se faz necessário a construção de discursos e práticas, ligados à constituição de nossos modos de ver o interesse pessoal e da coletividade no processo de construção do acesso ao bens culturais na Cidade de Caicó

“Hoje eu vou pular, hoje eu vou pular”



O bloco Ala Ursa do Poço de Sant’Ana - Bloco do Magão. que arrasta multidões todo Carnaval em Caicó desde sua criação, já está com tudo pronto. Ronaldo Batista de Sales (O Magão) manteve o ritmo de trabalho dos anos anteriores, nos últimos 11 meses a produção dos bonecos e os ensaios do repertórios foram seguidos no rimo do frevo.  
Neste último final de semana foram concluídos os famosos bonecos que esse ano faz homenagens a populares e a componentes tracionais do bloco.
O próximo final de semana o bloco realiza previas carnavalesca em cidades da região do Seridó, como tradicionalmente acontece e os últimos detalhes serão realizados essa semana. Como diz o Magão: “ Simbora Ala Usa!!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Fórum Permanente de Cultura de São Gonçalo do Amarante




O Fórum Permanente de Cultura de São Gonçalo do Amarante realizara no próximo dia 06/02/15 das 14h00 ás 17h no IFRN/São G. do Amarante na Sala de Vídeo Conferência, o encontro “Diálogos Culturais’’, um bate papo com Rodrigo Bico – Diretor Geral da Fundação José Augusto. O encontro visa contribuir com o cumprimento das ações político-culturais que são importantes para o desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte e do município de São Gonçalo do Amarante.
Estão sendo convidados os artistas, produtores, conselheiros de cultura, entidades não governamentais e poder público.

A postura do Fórum Permanente de Cultura de São Gonçalo do Amarante é pertinente e contribui para construção de políticas públicas para cultura, porque envolver toda sociedade no debate nesse momento de início de uma nova gestão governamental.
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Agente Cultural



Sou suspeito para falar, mais não posso silenciar diante da atividade e da contribuição de Custódio Jacinto durante os ótimos 11 anos, como Agente de Cultura na casa de Cultura Popular de Caicó.

Ele não foi um mero promotor de atividades, ele revelou-se um profissional que provém da esfera pública, teve uma atuação como agente cultural público ou melhor dizendo, da sociedade civil.

Posso afirmar sem medo de erra que o papel desempenhado por Custódio Jacinto foi de agente cultural comunitário, ele se dedicou a insuflar energia na cultura potencial da agremiação na qual ele exerce sua ação. Melhor dizendo, foi um profissional que estimulou, compartilhou e impulsionou as vivências da nossa comunidade produtora de cultura e das pessoas que precisavam bebe dela.

Custódio esteve sempre vinculado, com as iniciativas e procedimentos culturais de nossa região do Seridó e da nossa Caicó, não somente como um gestor de práticas culturais, mas como alguém que direciona sua percepção para a esfera sociocultural, atuando como mediador entre o âmbito público e os grupos comunitários e isso ele fez como um maestro.

Ele foi criativo, explorado, desrespeitado e as vezes ignorados pelos próprios artistas e pela gestão, mais com uma dignidade de poder preparar criticamente um conjunto de pessoas.

Desta forma com a mudanças de governo Custodio deixa o cargo de Agente de Cultura, por achar que sua contribuição foi concluída.

Nós que aprendemos a admirá-lo, esperamos que ele seja preparado para não só trazer em si a capacidade de acumular lembranças coletivas, mas também o dom de ordená-las, por que temos a certeza que ele tem aptidão de compreender a dimensão temporal da cultura.