segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Todo artista tem que ir a onde o povo esta.



Foto: Rachel Lúcio
Chegamos ao final de 2012, um ano de muita luta para cultura da nossa cidade de Caicó. Criamos o fórum de cultura para discutir as politicas publicas do Governo Federal para os municípios da região do serido, a adesão dos municípios ao plano nacional de cultura e a criação do plano Estadual de Cultura.

Foi um ano de descobertas com passeiros de arte, a maioria pessoas simples que não são chamadas de artistas. Esse ano tive muitas oportunidades de escreve, dirigi e representar nossa expressão coletiva, e através do teatro fomos chamados de artistas em varias cidades da nossa querida região do Seridó.

O teatro é minha forma de expressão desde a minha infância, surgiu do espaço vazio e ganhou em nós a sua configuração.

A produção da cultura, acontece independente da vontade de qualquer governo, de qualquer instituição ou grupo, ela acontece pela vontade do fazer, da produção de cada indivíduo livre para criar. O que é produzido por cada um vai se confrontando e tecendo o tecido cultural de um povo.

O teatro tanto pode traduzir a expressão pessoal, como da mesma forma pode fazer num contexto grupal. Ordenar os estímulos que gera a expressão, e por ela verificamos a realidade recriada segundo a caracterização da inteligência e da sensibilidade, como, também da informação de que cada um é portador, nos dá a possibilidade de estarmos nos expressando com verdade.

Criamos e produzimos muito este ano, o que nós falta é a compressão da força que temos como produtores culturais, nos falta a coragem de sermos mais ousados e fazer da nossa arte uma porta aberta para emancipação de todos nós, Agir deferente dos nossos governantes, que só beneficiam os amigos do rei. Como artistas temos a missão de interferi de forma orgânica na elaboração de uma cultura criativa que seja oposição a uma cultura receptiva orientada pelos padrões de consumo da sociedade capitalista, que tem como foco o lucro, impedindo que a arte exerça, de forma absoluta, seu papel social transformador.

Precisamos em 2013 fazer cultura, que faz de cada um agente transformador e não agentes de manutenção da exploração da arte pelo capital. Desejo que todos saiam da sua zona de conforto e se jogue nos palcos, nos espaços, nas ruas e praças para brilhar, para ser estrela. Mas também pra ser agente transformador da nossa história.

O que é CAPS III?




 A rede de saúde mental pode ser constituída por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. Ela deve funcionar de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada e de sua regulação.
Depois de um longo processo de luta, discussão, organização e pactuarão Caicó estalou um CAPS III de caráter regional para atender os municípios da região do Seridó que pactuarão para ter o serviço. Outra luta foi a conquista do concurso publico para contratação de profissionais permanentes para que o serviço fosse de qualidade e de forma horizontal aberto 24 horas.
O que é lamentável é encontra um serviço que até moção honrosa recebeu do ministério da saúde totalmente desconfigurado, a começar pelo atual espaço físico que apesar de uma boa localização não oferece a menor condição de funcionamento de um CAPS III de caráter regional, e o pior é o comportamento totalmente descomprometido da atual equipe de profissionais, totalmente sem condições de trabalho e totalmente apáticos a realidade imposta pela gestão. O CAPS não realiza mais matriciamento, não tem gerenciado a rede de saúde mental como responsável pela construção da rede de assistência em saúde mental, não realiza atividades de terapia ocupacional segundo relato dos próprios usuários e deixou de lado a rede de integração social que vinha sendo constituída com grupos e instituições do município. Nos últimos 2 anos não foi registrada nem uma atividade de prevenção ou de esclarecimento para o resto da população.

O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida. O que é lamentável é que as novas instalações do CAPS III não tem identificação de que é um serviço de saúde mental, como também não compre as exigências básicas que vão desde a acessibilidade a estacionamento reservado pra uma ambulância para receber uma emergência. Onde estão os órgãos reguladores que estão permitindo todas essas irregularidades.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Situação delicada dos negros do rosário


Sabemos basicamente que três grupos de africanos foram trazidos como escravos para o Brasil. Um desses grupos é representado pelos sudaneses, da Nigéria. Gegi do Daomé. Fati-ashanti da Costa do ouro. O segundo grupo é o grupo dos guineo-sudaneses, habitantes abaixo da linha do Saara. O Terceiro grupo são os Bantos, vindos de Angola, do Congo e de Moçambique.
Sabemos ainda que quando várias culturas se misturam acabam gerando uma nova, que representa a soma do melhor de cada uma delas. Foi o que se deu por aqui, a mistura desses grupos com índios e brancos resultou na africanização da cultura brasileira.
Os povos africanos tinham uma forma própria de organização e uma maneira de se relacionar com o meio ambiente que era muito diferente da propiciada pela visão de mundo européia. Enquanto os europeus viam o homem como dominador de todas as coisas, à imagem e semelhança de seu deus, todo poderoso, os africanos viam o homem como um todo, integrado pelos deuses, pela terra e pela natureza. Toda a cultura africana é representada nesse universo, em que os valores morais, sociais e ecológicos são traduzidos por meio da religiosidade, dos ritos e das artes em geral.
Tais valores estão intimamente representados na dança, que é para os povos africanos o mais potente elemento de aglutinação social. Originalmente, a dança estava intrinsecamente, ligada à cultura do ancestral africano que, com certeza, poderíamos considerá-la como mais um órgão que tivesse seu corpo. Para eles, a maneira de se relacionar com o ambiente era percebida pelos sentidos naturais e traduzida pela dança. O que   para realidade dos negros do rosário de Caicó  e do Seridó seja algo que se perdeu.
A colonização e a escravidão praticadas pelos europeus impuseram valores éticos e morais que consideravam o corpo impuro e pecaminoso. Como conseqüência, aquele “órgão” suplementar que captava a vida e a traduzia em movimentos foi mutilado.
Restava aos negros adaptar-se à nova ordem. Representações e ritos de passagem e do dia-a-dia, em que o corpo aparecia livre e exuberante, foram reprimidos, como a capoeira angola, de origem banta, cuja base foi o n’golo, um ritual de casamento praticado na África que reproduzia as danças de acasalamento de alguns animais.
A cultura de um povo, porém, pode ser mutilada, mas não morre, Adapta-se e sobrevive. Herdamos o código. A liberdade corporal, a sexualidade sem vergonha ou medo, a sensualidade misturada a musicalidade, manifestações de nossa dança... Dançar para os negros era uma forma de captar a vida e traduzi-la em movimentos.
O Maracatu, festa com um misto de tons religiosos e profanos, originou-se na África com a coroação do rei do Congo. A partir de sua incorporação à cultura pernambucana, verifica-se a existência de duas vertentes: o baque solto e o baque virado. Alfaia, abê, gonguê, tarol e o ganzá são instrumentos básicos que dão ritmo ao maracatu.
No sudeste e no centro-oeste o maracatu se transformou em congada, e ganhou um caráter de resistência à escravidão, estando relacionada com a cultura dos quilombos.
Criada no Brasil durante o período da escravidão, a coroação dos reis do Congo foi à principal manifestação cultural africana do período colonial. Reconhecida pela Igreja e pelo senhor do engenho, a festa consistia numa procissão que acabava numa Igreja, as preferidas eram de irmandades de negros, onde acontecia a coroação do rei e da rainha de Congo. Durante a caminhada, escravos rurais, urbanos, mestiços e negros alforriados realizavam cantos, jogos de capoeira e danças africanas. As congadas atuais são originárias dessas congadas. Realizadas em todo Brasil de diversas formas e mescladas de outras festas, elas basicamente compões-se de autos teatrais, repentes, desafios e maracatus. A Maior parte delas já não realiza a cerimônia principal e os reis já participam da festa já coroados.
Hoje ao ouvi radio local e acessar blogs me deparei com a noticia de que Os Negros do Rosário de Caicó não participantes da festa de sua padroeira, o motivo, alguns dos seus membros terem problemas com alcoolismo.  Minha preocupação é o ambiente favorável ao preconceito racial, dificultando enormemente a integração do negro. Vivemos numa sociedade onde predomina o ideal de uma sociedade civilizada, onde o respeito às diferenças sejam respeitados, o que já garantido por lei.
Estamos diante de uma situação delicada, que espero sinceramente, contribua para a existência de um sentimento de respeito a historia dos negros do rosário, sentimento este que se manifestava de várias formas: pela repressão às suas atividades culturais, pela restrição de acesso a sua festa e de respeito a sua historia.
Acredito que o problema é de saúde e cultural, pois desde que tenho a percepção da existência dos negros do rosário, que testemunho o consumo de álcool pelos seus membros estimulados pela própria sociedade. Afastá-los da festa da sua padroeira é excluir-los da única oportunidade de convivência social e de percepção da sua dependência ao alcoolismo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O projeto nacional “SESC Dramaturgia - Leituras em Cena”


Brecht
Arthur Azevedo


A discussão a respeito das idéias e da influência de Brecht sobre o teatro brasileiro tem marcado presença nos meios artísticos e intelectuais brasileiros por muitas décadas.
A obra do poeta e dramaturgo já era mais ou menos conhecida no Brasil desde sua morte, em 1956.
A influência das idéias e da estética do dramaturgo é patente em autores, diretores e demais artistas de teatro, em instituições e entidades culturais e políticas como Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e nos CPCs da UNE (Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes). Textos e montagens como Revolução na América do Sul, Arena conta Zumbi e Arena conta Tiradentes, de Augusto Boal, criador do Sistema Curinga, inspirado no distanciamento brechtiano, e todo o desenvolvimento posterior de sua teoria teatral são realizações que devem muito ao Pequeno Organon (1948) e ao Teatro de Brecht.
Também nesse quadro insere-se o Teatro Oficina de José Celso Martinez Corrêa, na montagem do Rei da vela, de Oswald de Andrade, e nas elogiadas Galilei Galileu e Na selva das cidades, do próprio Brecht, e mesmo no polêmico Roda viva, de Chico Buarque, dirigido por ele. Ainda Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri (que, apesar de usar black tie na forma dramática, não deixou de fazer um macacão épico, contrariando Iná Camargo da Costa), Francisco de Assis, Aderbal Freire Filho, O Grupo Opinião e seus shows (no Rio de Janeiro), Fauzi Arap, Dias Gomes e (por que não?) Millôr Fernandes, no momento em que concebeu o espetáculo Liberdade, liberdade junto com Flávio Rangel.
O momento político-estético mais sensível da recepção de Brecht no Brasil, as experiências e os artistas mencionados, que aconteceram/atuaram principalmente dos anos 1950 até o final dos anos 1960, podem ter deixado de lado o apuro na aplicação dos postulados teóricos e técnicos criados por Brecht, mas convém não esquecer que, no enfrentamento político-cultural daquelas décadas, em especial nos primeiros momentos da ditadura militar (1964-1968), importava mais o que se fazia do que como se fazia.
Do ponto de vista do movimento editorial, a recepção e a crítica à obra de Brecht foi e continua sendo boa no Brasil. A partir de críticos, pesquisadores e ensaístas como Anatol Rosenfeld, Sábato Magaldi, Ingrid Koudela, Gerd Bornheim, Jaco Guinsburg, Antonio Pasta Jr., Fernando Peixoto (tradutor também do Teatro completo de Brecht - 12 vols.) e mais recentemente Sérgio de Carvalho e Márcio Marciano, além de tradutores como Manuel Bandeira (O círculo de giz caucasiano), Christine Röhrig (O declínio do egoísta Johann Fatzer), Paulo Cesar Souza e Geir Campos (Poemas e canções) e Maria Silvia Betti (O método Brecht, de Frederic Jameson), temos acesso a muitas obras do autor e sobre sua vida, assim como ao estudo e à crítica de seus postulados estéticos e teatrais.

[...] Para ser breve, trata-se aqui de uma técnica que permite dar aos processos a serem representados o poder de colocar homens em conflito com outros homens, proporcionar o andamento de fatos insólitos, de fatos que necessitam de uma explicação, que não são evidentes, que não são simplesmente naturais. O objectivo deste efeito é fornecer ao espectador a possibilidade de exercer uma crítica fecunda, colocando-se do lado de fora da cena para que adquira um ponto de vista social. [...]

Para Brecht é importante que o ator saiba que, no palco, ele é apenas um artista que está interpretando um personagem, ou seja, um intérprete que mostra o personagem, mas não o vive, que tenta interpretá-lo da melhor maneira possível, mas que não tenta persuadir-se (tampouco os outros) de que é o próprio personagem. Dessa forma, o ator em cena não é Otelo, nem Hamlet, nem Lear e sim um artista que os representa da melhor maneira possível, que dá ao público a chance e o direito de tomar partido, de criticar, de conceber um idealismo sobre os personagens de maneira própria.

Arthur chegou ao Rio de Janeiro em 1873, com 18 anos. Dividia sua atividade profissional entre o teatro, o jornalismo e um cargo público no Ministério da Agricultura, onde conheceu Machado, seu grande amigo e crítico implacável. Em suas primeiras incursões pelo teatro, Arthur procurou escrever teatro “sério” e corresponder assim aos anseios da elite intelectual de então. Mas frustrou todas as suas expectativas, pois tais peças não agradavam ao público. Passou então a levar à cena suas primeiras comédias. Com elas, Arthur Azevedo conquistou o reconhecimento popular e conheceu o sucesso. Para os companheiros de ofício, entretanto, nosso autor sentia a necessidade de justificar sua opção estética como se ela fosse uma espécie de pecado: “Todas as vezes que tentei fazer teatro sério, em paga só recebi censuras, ao passo que enveredando pela “bambochata” não me faltaram nunca elogios, festas, aplausos e... proventos. Perdoem-me por citar essa última fórmula de glória, mas... que diabo... ela é essencial para um pai de família que vive de sua pena!...”

A leitura das peças de Arthur Azevedo mostra que elas superam os episódios circunstanciais que lhes deram origem. São atualíssimas e até hoje fazem a delícia do grande público. A crítica especializada o considera uma das mais importantes personalidades do teatro brasileiro, tanto por sua obra como por sua vida.

O projeto nacional “SESC Dramaturgia - Leituras em Cena” abre inscrições para a 2ª etapa no Rio Grande do Norte. A oficineira Samira Sinara trabalhará o encontro estético entre Bertold Brecht e Arthur Azevedo. A proposta é dialogar sobre o encontro entre os autores clássicos da Europa e do Brasil. Uma oportunidade única pra quem estuda teatro para construção de conhecimento atravéis de dois grandes autores.
Para se inscrever, os interessados devem preencher a ficha disponível no site (http://bit.ly/R8rTiI), e enviá-la para o email edvaniofs@hotmail.com ou para efsantos@rn.com.br. O período de inscrições vai até o dia 25/10 para Caicó.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A IV Feira do Livro do Seridó

 
Frei Betto estará na Feira do Livro do Seridó
A IV Feira do Livro do Seridó começa no dia 20 de setembro, com a presença de Frei Betto.  Ele e o convidado da 1ª noite, frade dominicano e escritor conhecido por sua grande atuação social junto aos movimentos sociais e aos direitos humanos.
Frei Betto estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia e tem mais de 50 livros   publicados. Os mais recentes são: Minas do Ouro e Maricota e o Mundo das Letras.
O professor Dr. da UFRN/Caicó, Lourival Andrade Junior será quem conduzirá o papo com o Frei Betto, Lourival é formado em História e tem atuação também na área cultural. A conversa permeará vários assuntos, entre eles: religião, política, fé, atuação social e a própria literatura, é claro!
O encontro com Frei Betto está previsto para começar às 20h30min, no dia 20 de setembro, quinta-feira.
A IV Feira do Livro do Seridó tem como objetivo disseminar a riqueza da literatura, discutir novas tendências, incentivar o hábito da leitura e proporcionar o encontro do público com personagens, autores e obras literárias. Essa é a proposta da IV edição da Feira do Livro do Seridó, que será realizada entre os dias 20 e 22 de setembro, na Ilha de Santana, em Caicó.
O evento é um projeto idealizado pela Comunique Editora, e realizado pela Oficina da Notícia, em parceria com o Governo do Estado, Lei Câmara Cascudo, Fundação José Augusto, Prefeitura de Caicó e a empresa do Grupo Neoenergia Cosern. A Feira do Livro do Seridó faz parte do Circuito Potiguar do Livro desde 2009, quando surgiu a partir dos bons resultados das cinco primeiras edições da Feira do Livro de Mossoró.
E dentro da programação, no dia 21, acontecerá a tarde coletiva de lançamento de livros da Coleção Cultura Potiguar com a presença de autores selecionados no Edital Publicações da Secretaria Extraordinária de Cultura / Fundação José Augusto (Secultrn/FJA).

Propaganda de vereadores de Caicó é um desserviço à política e a comunidade Caicoense.


O horário eleitoral gratuito de Caicó e o discurso nas manifestações politicas dos vereadores é um verdadeiro "circo de horrores".  Não precisa ser sociólogo e cientista político para perceber que a propaganda dos candidatos a vereador é um verdadeiro desserviço à política e a comunidade.

Ouvindo a propaganda eleitoral pelo radio  e analisando o discurso apresentado pelos candidatos a vereador da nossa cidade percebemos, que eles acreditam que o formato da propaganda eleitoral  não favorece a apresentação das propostas e programas de governo. A propaganda não auxilia em nada um eleitor, é um discurso frio, você não consegue saber quem é esta pessoa que se apresenta, nem qual é seu interesse em representa-lo.

Por outro lado tem os discursos mais elaborados dos partidos de “esquerda”. Os candidatos desses partidos apresentam de forma mais estruturada a proposta de governo. Apesar do conteúdo fica muito distante dos eleitores já que se concentra na maioria das vezes em ideais políticos, mas ainda é a propaganda mais compreensível.  .

Além da falta de propostas concretas e o tempo reduzido do horário eleitoral para os vereadores, falta também uma coordenação e cuidado em algumas campanhas. Durante os programas e discursos em publico, alguns candidatos da base governista chegaram a dizer que “agora é tempo de mudar”.

Como candidatos do governo fala em mudança? O que parece é que não existe o menor cuidado, nem um filtro na hora de editar esse material que é divulgado no horário eleitoral como também falta a noção de pertencimento ao partido ou coligação do governo municipal.

Acredito que a solução para a melhoria da qualidade do horário eleitoral gratuito no Brasil seria fazer uma mudança na maneira como o tempo é distribuído para cada partido. Um horário que os candidatos tenham mais tempo para, de fato, apresentarem suas propostas e mostrarem como a cidade é na visão deles. Com tempo para coligações proporcional ao tamanho da chapa ao número de candidatos. Dessa forma, eles teriam tempo para trabalhar melhor, apresentar o programa de governo sistematicamente e a campanha seria mais organizada, sem que fosse necessários discursos apelativos e sem a menor relação com os problemas do nosso município.

Bispo católico constrange o Senado Federal


Num plenário esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e amigos do homenageado, o bispo cearense de Limoeiro do Norte, Dom Manuel Edmilson Cruz, impôs um espetacular constrangimento ao Senado Federal, ontem. Dom Manuel chegou a receber a placa de referência da Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara das mãos do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). 

Mas, ao discursar, ele recusou a homenagem  em protesto ao reajuste de 61,8% concedido pelos próprios deputados e senadores aos seus salários. “A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. O público aplaudiu a decisão. 

O bispo destacou que a realidade da população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais da rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos parlamentares. E acrescentou que o aumento “é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte. Fere a dignidade do povo brasileiro que com o suor de seu rosto santifica o trabalho diário. 

Fonte: Blog da Gláucia Lima

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SESC RN E PROJETO GOIAMUM AUDIOVISUAL



O SESC oferece as segintes oficinas da área de cinema  neste fim de semana aqui em Caicó, elas são inteiramente gratuitas e as inscrições estão sendo feitas no Sesc Seridó (3421 2337).
 
Oficina de cineclubismo e apreciação cinematográfica - 25/08 (08:00 às 12:00 e 13:00 às 17:00)
Através de aulas teóricas sobre história do cinema, linguagem e estética, a oficina estimula o olhar e a reflexão crítica de uma obra cinematográfica, estimulando a formação de plateia e a criação de novos cineclubes.
 
Oficina de Vídeo Digital - 26/08 (08:00 às 12:00 e 13:00 às 17:00)
A Oficina pretende trabalhar os conhecimentos básicos de funcionamento de uma câmera e de composição, despertando para a construção de planos, sequencias e cenas na produção audiovisual, utilizando das ferramentas digitais de captura de imagens, e apresentação dos programas básicos de edição disponíveis na internet.

Oficina de iniciação a Produção Audiovisual 02/09 (08:00 às 12:00 e 13:00 às 17:00)
A oficina apresenta os processos para produzir um vídeo, trabalhando todas as fases e necessidades básicas para a execução de uma obra audiovisual, através de conceitos, exibição de filmes, relatos de experiências, etc.
 
Edvanio Firmino dos Santos
Setor Cultural do Sesc Seridó

Governo do RN cancela espetáculos teatrais do Agosto da Alegria


Notícia do G1

Governo do RN cancela espetáculos teatrais do Agosto da Alegria

"Chuva de Balas no País de Mossoró" foi cancelado por questões técnicas.
Burocracia inviabilizou publicação de edital para o "Auto de Sant'Ana".

Dois espetáculos que fazem parte da programação do Agosto da Alegria - programação cultural promovida em sua segunda edição pelo Governdo do Rio Grande do Norte - foram cancelados nesta quarta-feira (22). Assim, o "Auto de Sant'Ana", marcado para esta sexta-feira (24), e o "Chuva de Balas no País de Mossoró, agendado para o dia 31, não serão mais apresentados ao público. Ambos seriam encenados no palco do Teatro Alberto Maranhão, no bairro da Ribeira, em Natal.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Extraordinária de Cultura, a liberação do edital para a captação de recursos que financiariam o Auto de Sant'Ana não ocorreu em tempo hábil. A Fundação José Augusto, entidade vinculada à Secretaria, previa a utilização dos recursos previstos no Edital Autos do Povo, que patrocina eventos culturais cuja validade se estende por um ano e que deveria ter começado a valer este mês.
Segundo a assessoria de imprensa da Fundação, atrasos burocráticos impediram a liberação do edital e, posteriormente, dos recursos necessários à execução do espetáculo.
Em relação ao Chuva de Balas no País de Mossoró, previamente programado para ser encenado no dia 31 de agosto no palco do Teatro Alberto Maranhão, foi inviabilizado por questões técnicas. Ainda de acordo com assessoria da Fundação José Augusto, as exigências técnicas que viabilizariam a apresentação do Chuva de Balas não estavam disponíveis no Teatro Alberto Maranhão.
Questionada sobre a possibilidade de utilização do palco montado no Largo do Teatro Alberto Maranhão para a apresentação do Chuva de Balas, a assessoria disse que o equipamento estaria em uso para outros shows. Complementou dizendo que também seria necessário alugar outros tipos de iluminação e som.
Não há informações sobre a exibição de outros espetáculos para preencher a lacuna aberta na programação pelos cancelamentos.
Sobre a avaliação prévia da infraestrutura do Teatro, anterior à divulgação da programação do Agosto da Alegria, a Fundação José Augusto respondeu que a decisão foi tomada com base em questões técnicas, mas não citou por quem foi determinada.
A secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, foi procurada pelo G1, mas não atendeu ou retornou às tentativas de contato telefônico.
O G1 também entrou em contato com o diretor do espetáculo Chuva de Balas no País de Mossoró, João Marcelino. Por telefone, ele explicou: "As únicas exigências que fiz para esta apresentação foram de que todo o espetáculo teria que ser reensaiado, o palco deveria ter as mesmas dimensões do original. Não coube a mim a decisão de cancelar a apresentação", argumentou.
Chuva de Balas
O Chuva de Balas no País de Mossoró é originalmente apresentado na cidade de Mossoró dentro das festividades do "Mossoró Cidade Junina", que ocorrem no mês de junho. Esta seria a primeira vez, desde que foi criado há onze anos, que o espetáculo seria apresentado em Natal.
Apresentado no adro da Capela de São Vicente, em Mossoró, a encenação conta com 70 atores e bailarinos e um palco com 22 metros de comprimento, 1,5 metro de altura, 18 metros de profundidade, desníveis, rampas e alçapões para os efeitos especiais.
Auto de Sant'Ana
Já o "Auto de Sant'Ana, é apresentado dentro das festividades de Sant'Ana, no município potiguar de Caicó, na região Seridó. Esta seria, também, a primeira vesz que o espetáculo seria encenado em Natal.

domingo, 19 de agosto de 2012

Despeito, marcação ou incompetência?

Despeito, marcação ou incompetência?



O Governo do Estado do Rio Grande do Norte não consegue cumprir o que escreve, mais uma vez os artistas de Caicó estão em uma situação de vexame e constrangimento, pela falta de competência da Secretaria Extraordinária de cultura e do Governo de Rosalba. O Governo não cumpriu o que ele mesmo determina como regra. Trata-se do Edital Atos do Povo no qual a Ong do Bloco Ala Usa do Poso de Sant’Ana (Bloco do Magão), foi contemplado com o recurso para realização do Auto de Sant’Ana 2012.
Este edital da Secultrn/FJA concederá apoio às celebrações culturais de natureza histórica, sacra, profana e cívica, de essência pública, que se caracterizem como festa municipal, em todos os municípios do estado do Rio Grande do Norte. O recurso segundo o próprio edital deveria ser repassado para o proponente 30 dias antes da realização do evento, o que o governo não fez, e oferece justificativas que não converse nem boi para dormi.
O que fica no nosso imaginário é a pergunta: Despeito ou marcação?  Pois o      governo não consegue atender as necessidades básicas da nossa cidade que vão desde a Saúde até a Cultura e criou um estigma de rejeição a Caicó, Será? Ou ainda os nossos representantes que apóiam este governo têm uma relação tão frágil que não consegue garantir a fatia do bolo destinada ao nosso município?
Na real o que fica é o constrangimento da população pela falta de serviços básicos e da Ong do Magão que atendeu todas as regras do edital estabelecidas pelo próprio Governo que não consegue ele mesmo garanti-las.  
Francisco das Chagas e Silva.

domingo, 5 de agosto de 2012

Trupe Balaio das Artes realiza oficina de seleção de elenco



A Trupe Balaio  das Artes realiza no próximo Sábado as 15 horas uma oficina para selecionar elenco para o seu novo espétaculo e para dois personagens do seu atual espétaculo. Os interessados devem ter 18 anos ou completar 18 anos esse ano, ter disponibilidade para ensaiar aos sábados  a tarde e a noite. As inscrições serão realizadas na quarta-feira na Casa de Cultura Popular com Maguila das 8 as 11 horas e das 14 as 17 horas. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Este lado para cima




 “Quando um autor escreve um livro historiando seu teatro, em geral começa dizendo: “eu fiz isso e fiz aquilo”. Poucas vezes diz por quê e para quem aquilo e isso foram feitos. Como se o teatro existise fora do tempo e lugar, sem destinatario.”
Augusto Boal
Pois bem, ontem tive a oportunidade de assistir o espetáculo teatral de rua com o grupo Brava Companhia, um espetáculo com endereço certo, um espetáculo que questiona as relações da nossa sociedade capitalista que garante o bem estar de poucos através da exploração da classe trabalhadora.
Este lado para cima, como a propria companhia define é “resultado de uma pesquisa sobre o questionamento do “mundo de imagens e de aparências”, no qual a sociedade se encontra. A temática é encenada na rua ou em espaços alternativos, com muita agilidade e de forma épica, abusando do humor e da ironia para desfilar uma serie de questionamentos, provocações e críticas ao capitalismo e suas praticas predatórias de exploração do trabalho, criando uma divertida metáfora da vida contemporânea com suas contradições e absurdos.”
O SESC abre sua Aldeia com muita dignidade e com chave de ouro.

domingo, 15 de julho de 2012

SANT’ ANA PROTETORA DA CULTURA



Numa prece com todo corpo, energia e emoção os atores dos grupos de teatro de Caicó trabalhão dias e noites, numa jornada extremamente cansativa para garantir o auto de Sant’ Ana 2012. O auto é realmente uma prece a Padroeira Sant’ Ana para que ela ajude a manter vivo o que nos torna caicoenses e seridoenses, será uma grande celebração pela nossa cultura. O espetáculo lembra-se de artistas do passado, que usaram seus talentos para celebra a vida e leva alegria através do teatro, da musica e da poesia.




terça-feira, 10 de julho de 2012

Auto de Sant' ana "A Promessa,"



Dentro da programação da Festa de Sant´Ana, a arte religiosa também faz parte.
Como tema “A Promessa”, os artistas de Currais novos estão preparando o Auto de Sant´Ana 2012 que contará toda a trajetória da imagem da  Padroeira de Currais Novos Senhora Sant’ Ana.
Com direção de José Leandro um curraisnovense o grupo prestará homenagear a grandes nomes que fizeram parte dessa história religiosa durante todos esses 204 anos. Os ensaios já estão acontecendo mais os dias das apresentações ainda não foram definidos.
Viva a coragem de todos que fazem parte dessa nova historia.

PEGA PRA CAPAR



Foto auto 2010
Auto de 2010
Finalmente ou lamentavelmente, ontem dia 09 a Secretaria Extraordinária de Cultura confirmou a liberação do recurso para realização do Auto de Sant’ana 2012. Jonas Linhares e sua equipe de produção terra apenas quinze dias para montagem do espetáculo, o que apesar do talento dos nossos artistas compromete muito a qualidade de um espetáculo que é referencia para região do Seridó.
Outra informação que nos chega é que o recurso não será o de 100 mil como estava previsto no edital, apenas será repassado o valor de 80 mil, as razões ainda não ficaram claras. O que fica de questionamento são as mudanças das regras estabelecidas no edital quando a partida já está rolando. O que fica claro para todos é que além da falta de compreensão do tempo que as coisas acontecem e como deveria acontecer, a cultura no Governo da rosa tem dois peso e duas medidas e se configura como eventos culturais, daqueles, como dizem os seridoenses: Pega pra capar!!
Que Sant’ana proteja os artistas que vão trabalhar de noite e de dia para garantir o espetáculo que também faz parte do patrimônio imaterial da festa.