quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Para rasteira um pulo

A um ano exatamente os artistas e produtores que ocupavam a casa de cultura popular de Caicó foram expulsos, a produção e materiais foram considerado lixo pelo o Governo de Robinson Faria.
Mais a tentativa de derrubar a produção cultural fez com que o movimento cultural deixasse o único ambiente e expandisse, ganhasse mais visibilidade e novos seguidores.
O poeta de maneira fascinante fala com a alma de artista: 


Teve gente na torcida
Para ver nosso despejo
Porém frustrou o desejo
Ficou de crista caída
É assim mesmo essa vida
Cheia de flor e de espinho
Quem produz o ato mesquinho
Covarde e tão desleal
De aos outros desejar mal
O seu já vem no caminho.














Já quem semeia o amor
Verdade, paz e alegria
Jamais cai em nostalgia
E nem perde o seu fulgor
Vive imune ao opressor
E também as maldições
Não teme as afetações
Pois abater não se deixa
Que quando u’a porta se fecha
Abrem-se vinte portões.










Nossa Esquina dos Artistas
Virou um ponto de apoio
Para o ‘Magão’ e um comboio
De poetas cordelistas
Palhaços, malabaristas
Não há lugar para asneira
Tudo gente de primeira
E em meio a tais atrações
Ainda tem exposições
De ‘Lidinha Brasileira’.










Enquanto que um outro espaço
Que era para está aberto
Tá mais vazio que um deserto
De artistas ficou escasso
Na iminência do fracasso
Faz pena ver seu estado
O que antes era lotado
Passou dezembro e janeiro
E agora entrou fevereiro
Mas só se encontra fechado.













Por isso meu caro amigo
Que sempre o mal nos deseja
Os seus conceitos reveja
Pra não penar no castigo
Se afaste de tal perigo
Que tanto o faz padecer
E pra melhor lhe dizer
Deixe de tanta amargura
E vá produzir cultura
Se é que aprendeu a fazer.
Edcarlos Medeiros
Caicó/RN – 07 de fevereiro de 2016.

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