sexta-feira, 26 de junho de 2015

Vereadores diz não a reinvindicações históricas dos Movimentos de Mulher, LGBT, Consciência Negra, ciganos, indígenas e outros movimentos Sociais




O que deixa transparecer é que os nossos vereadores com algumas poucas exceções, precisam compreender as bases históricas, conceituais, organizacionais e legais que fundamentam, explicam e justificam o conjunto de programas, projetos e atividades que coletivamente compõem a política posta em andamento pela Secad/MEC a partir de 2004.

Os temas suprimidos do Plano Municipal de Educação compreendem as questões da diversidade – étnico-raciais, de gênero e diversidade sexual, geracionais, regionais e culturais, bem como os direitos humanos devem ser analisados do ponto de vista da inclusão social por meio de uma educação que seja efetivamente para todos, de qualidade e ao longo de toda a vida .”Para isso, pressupõe-se,  a qualidade, que só é possível se houver equidade, isto é, se a escola atender a todos na medida em que cada um precisa.

O que os vereadores não levarão em conta foi o grau de envolvimento dos movimentos sociais, as contribuições nessas temáticas é intenso pelo movimento de mulheres, movimento LGBT, Consciência Negra, indígenas e etc. Em muitos casos, bastante especializado, tendo em vista que o enfrentamento da discriminação, racismo, sexíssimo, homofobia, miséria, fome e das diversas formas de violência presentes na nossa sociedade foi protagonizado, por muito tempo, por tais movimentos.  

Assim, a Câmara de vereadores, deve assumir sua responsabilidade em relação ao descaso com o resgate das imensas dívidas sociais, dentre elas a educacional, que precisa dialogar intensamente com esses atores a fim de desenvolver políticas públicas efetivas e duradouras.

Outra questão é ter o compromisso com as bandeiras de campanha. Lamentável que a única mulher que durante a campanha para vereadora afirmava ser a representante das mulheres, tenha votado a favor da retirada do termo gênero do PME, indo de encontro a toda a luta histórica dos movimentos de mulheres, que luta pela igualdade de gênero e respeito a mulher. Que vereadores que patrocinaram parada Gay quando era conveniente, que patrocinaram as famosas alas gays nas campanhas na busca do voto, tenham votado contra a possibilidade da escola tratar as diferenças e diversidades com respeito e dignidade.

A educação no campo da formação de profissionais, precisa discutir o que já está presente dentro dos paredões das nossas escolas, como a formação em Gênero e Diversidade na Escola, que são fundamentais para ampliar a compreensão e fortalecer a ação de combate à discriminação e ao preconceito. As nossas escolas já convivem com essa diversidade, no nosso município já tem famílias homo afetivas com relações estáveis. Portanto se não houver a transformação de mentalidades e práticas, o papel estruturante da educação em desenvolver as ações que promovam a discussão desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam para a superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso, estaremos promovendo uma educação desconectada da realidades do nosso município. 
A câmara de vereadores fechou as portas para inclusão do diferente, do que não tem a mesma cor, mesma religião, mesmo sexo, mesma raça, do que não é fisicamente igual, em fim do que pode pensar diferente.
Cabe afirmar e usar a expressão "Tiro no pé" , isso mesmo, todos que defenderam a supressão de gênero e diversidade vai mancando diante dos movimentos sociais para as próximas eleições. Há! Outro aspecto que devemos lembra é que esses movimentos tem memoria, principalmente quando suas lutas e bandeiras lhes são negadas. 

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