terça-feira, 14 de abril de 2015

ESPIRITO DE PORCO




A origem desta expressão vem dá má fama do porco, associada à falta de higiene, à sujeira e - inclusive - à impureza.

Segundo o professor Ari Riboldi, essa má fama foi reforçada no período da escravidão, quando nenhum dos escravos queria ter a tarefa de matar os porcos nas fazendas. Nessa época havia uma crença de que o espírito do porco ficava no corpo de quem o matava e o atormentava pelo resto de seus dias.

Diz-se de indivíduo questionador; que provoca discórdia; é maldoso e se mete em confusão constantemente etc. Entretanto este ditado popular está desvirtuado. Trata-se na verdade da expressão clássica "espírito de corpo" esta já reduzida da frase original "espírito de corporativismo" significando leniência, favorecimento, atenuante re e por ai vai.

Em Caicó não é difícil identificar os espíritos de porco, normalmente eles utilizam de práticas comuns, se relaciona com o poder, utilizam dessa relação para exercer cargos que os beneficiem, não fazem nada no exercício das atividades da função que estão desempenhando, se sentem donos depois de algumas semanas no cargo conquistado, na maioria das vezes não tem nem uma relação ou experiência com a atividade que estão realizando. Quando sai usa das informações que juga ser exclusiva deles para inviabilizar a gestão posterior e para esconder a sua atuação desastrosa.

Que um exemplo:

Segundo informa alguns blogs da cidade de Caicó a Superintendência do IBAMA no Rio Grande do Norte foi entregar oficialmente ao Patrimônio da União terreno sob sua jurisdição em Caicó, mas teve uma “surpresa” ao saber que faltava um “pedaço” da área em questão. Justamente o local onde está construído o Centro Cultural de Caicó, no bairro Paraíba. O prédio foi inaugurado em outubro de 2002.

Em entrevista à Rádio Rural de Caicó, a superintendente estadual da Secretária do Patrimônio da União, Yeda Cunha, lembrou que o Centro Cultural foi construído “ilegalmente sim, porque não foi solicitada a regularização do terreno pelo governo do estado”.

“Tem que ser uma cessão de uso, logicamente gratuita, tendo em vista a relevância cultural e ser um órgão público. Essa área não foi solicitada até hoje, mas o Patrimônio da União está disposto a buscar uma alternativa. E precisamos saber qual o projeto de utilização da área, os objetivos e ter a finalidade muito clara”, disse Yeda. “Contudo, essa área continua sendo de domínio da União e apenas cedida ao governo do estado”, completou.

A notícia não é novidade para nova gestão, toda classe artística tem conhecimento. A novidade é a forma como ela vem a público, pois revela a falta de compromisso com aquele espaço e a falta de gestão de quem foi diretor e não resolveu a questão, e agora encopara o “espírito de porco” porque não pode mais mamar nas tetas do honorário público em benefício próprio.

Para quem não acompanhou todo o processo da construção do centro cultural essa notícia cai como um escândalo. A matéria é sensacionalista, e só retrata o desconforto de quem foi gestor do espaço em questão e que em vez de resolver, inclusive essa situação, só utilizou do espaço para promoção pessoal.

A preocupação de todos que passaram pela gestão do Centro Cultural é que agora pela primeira vez ele vai desempenhar as atividades para qual ele tem como finalidade, isso incomoda, é desconfortável.

Ainda haverá novas noticia e factoides como essa está “notícia” que parece “verdade”, quando a verdade não passa de mentira construída a partir do que é ideal para quem interessa.

O espírito de porco trata-se de um estado emocional no qual a pessoa fala coisas desagradáveis sem levar em consideração o politicamente correto. Alguém que é inconveniente e ácido nas atitudes e palavras.

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