A esperança é a última
que morre! Essa sensação, de que as coisas podem dá certo, ganham contornos reais
quando alguém que a gente conhecer é indicado para um cargo público. O
governador acabar de anunciar Rodrigo César Souza de Macedo (Rodrigo
Bico), Ator e Produtor Cultural é formado em Artes Cênicas (UFRN) e
tem atuação na Rede de Pontos de Cultura e no movimento teatral, experiências
como gestor do Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias e do espaço
cultural TECESol. Recebeu o Prêmio Tuxáua Cultura Viva do Ministério da
Cultura, em face da articulação entre os Pontos de Cultura do RN (2009). Para
todos nós que conhecemos parecer acende novamente uma luz no fim do túnel, mais
a experiência nos manda ter cautela.
Não é o caso aqui, em hipótese alguma, de recusar
importância à discussão dos múltiplos pontos de vista estéticos, teóricos ou
ideológicos que fundamentam as controvérsias sobre cultura no nosso estado, nos
circuitos artísticos, na universidade, ou onde seja. No entanto, cabe
reconhecer que a abordagem da cultura como objeto de política e administração
pública é, como se diz na gíria, um "outro departamento". Nele não
pode ser admitida aquela tão comum postura individual de rejeição
ético-ideológica do dinheiro e da economia, bem como a dificuldade daí derivada
em entender que arte e cultura dependem de sustentação econômica e
institucional como qualquer outra atividade humana.
O que quero dizer, é que há muita gente que não percebe
que a cultura faz parte de uma engrenagem muito grande e não tem talento para
captar significados invisíveis ao olhar comum, mas que se infantiliza, emudece
ou se torna agressiva quando o tema é política e gestão cultural. Não podemos
esquecer que a burocracia, o dinheiro e as negociatas políticas na esfera
cultural, torna a cultura por definição nefasta. Rodrigo Bico não fara muito se
a classe artística do RN não agir de forma organizada. Esperamos sinceramente que
o companheiro Bico sobreviva a tudo isso e seja a luz no fim do túnel.
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