Em
90 dias serão resolvidas as pendências, que possibilitara às prefeituras o
poder de fechar a parceria com a empresa EDBR, que é especializada na geração
de energia, no aproveitamento do detrito gerado em cada cidade. “A instalação
da Torre Azul vem tirar a preocupação dos prefeitos com questão dos resíduos
sólidos, dentro do prazo de três meses após o fechamento do contrato. A BR
Incorporadora vai aportar a tecnologia e os recursos”, disse o consultor
Nazareno Neri.
Incineração
é a Solução?
Queimar
já foi considerado o método mais eficiente de acabar com o lixo, entretanto,
com o avanço da industrialização, a natureza dos resíduos mudou drasticamente.
A produção em massa de produtos químicos e plásticos torna, hoje em dia, a
eliminação do lixo por meio da incineração um processo complexo, de custo
elevado e altamente poluidor. Longe de fazer o lixo desaparecer, a incineração acaba
gerando ainda mais resíduos tóxicos, e tornando-se uma ameaça para a saúde
pública e o ambiente.
Em maio
de 2001, o Brasil assinou a Convenção de Estocolmo, tratado da Organização das
Nações Unidas (ONU) que trata do combate aos Poluentes Orgânicos Persistentes
(POPs), e que aponta a incineração de resíduos como uma das principais fontes
geradoras destes poluentes. A Convenção recomenda que o uso de incineradores
seja eliminado progressivamente.
Impactos
da Incineração:
As emissões tóxicas, liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos, são formadas por três tipos de poluentes perigosos para o ambiente e para a saúde humana: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas formadas durante o processo de incineração.
As emissões tóxicas, liberadas mesmo pelos incineradores mais modernos, são formadas por três tipos de poluentes perigosos para o ambiente e para a saúde humana: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas formadas durante o processo de incineração.
Nenhum
processo de incineração opera com 100% de eficácia. Os metais pesados, como
chumbo, cádmio, arsênio, mercúrio e cromo, não são destruídos durante a
incineração, e são frequentemente liberados para o ambiente em formas até mais
concentradas e perigosas do que no lixo original. Equipamentos de controle de
poluição podem remover alguns desses metais das emissões, mas mesmo os mais
modernos não eliminam com segurança todos eles.
No mais,
os metais pesados não desaparecem, são transferidos para as cinzas ou para os
filtros, que acabam posteriormente sendo aterrados. Outro aspecto traiçoeiro da
incineração ocorre pela formação de produtos químicos durante o processo de
combustão, que são totalmente novos e altamente tóxicos – as dioxinas e os
furanos. Estes produtos são formados pela recombinação de fragmentos químicos
de lixo parcialmente queimados nos fornos dos incineradores, e depositados nas
chaminés e/ou nos dispositivos controladores de poluentes. Dioxinas e furanos
são tidos como os produtos químicos mais tóxicos já conhecidos. As dioxinas são
formadas quando materiais contendo cloro, como o PVC, são queimados. Outro
problema muitas vezes ignorado é a alta toxicidade das cinzas resultantes do
processo de incineração.
A destinação final de forma segura e
ambientalmente correta dessas cinzas é cara e problemática. Manejadas de forma
inadequada, elas representam riscos para a saúde e o meio ambiente a curto e
longo prazo. Alguns especialistas recomendam depositá-las em aterros equipados com
um revestimento de plástico comum, como forma de prevenir lixiviações para o lençol
freático. Mesmo assim, todos os revestimentos feitos em aterros podem
eventualmente sofrer vazamentos.
Incineração:
Danos à saúde humana e ao Meio Ambiente De forma geral, pesquisas científicas,
e levantamentos comunitários e técnicos associam os impactos da incineração ao
aumento das taxas de câncer, a doenças respiratórias, a anomalias reprodutivas (como
má formação fetal), a danos neurológicos e a outros efeitos sobre a saúde — em
casos de exposições a metais pesados, a organoclorados e a outros poluentes
liberados por incineradores.
Em 1997,
a IARC (Agência Internacional de Pesquisas do Câncer) classificou as dioxinas
mais tóxicas como cancerígenas para os humanos. Uma vez emitidas no meio
ambiente, essas substâncias podem viajar longas distâncias pelo ar e pelas
correntes oceânicas, tornando-se uma contaminação global.
As
dioxinas liberadas pelos incineradores também podem acumular-se em animais ruminantes
e peixes, por meio da cadeia alimentar. São diversos os casos relatados
mundialmente em que produtos como leite, ovos e carne continham níveis de
dioxina acima dos permitidos legalmente.
Fonte: www.greenpeace.org.br
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