A eleições
deste ano reforçar o debate sobre a igualdade de direitos entre mulheres e
homens nas eleições municipais deste ano. É um espaço em que candidatas e
candidatos podem assumir compromissos com a igualdade de gênero, e o eleitorado
pode obter informações para melhor definir o seu voto. Outro aspecto importante
nestas eleições são os candidatos a prefeito e a vereador que tem relações homo
afetiva. Os que entraram na campanha assumindo sua sexualidade ou tratou do
tema com respeito, tem grandes possibilidades de ser eleito, pois tem um grande
eleitorado feminino e o movimento LGBTs interessado em políticas públicas para
mulheres e LGBTs.
Dentre os
mais de 144 milhões de eleitores que votarão nas eleições municipais de
outubro, 52% são mulheres. No entanto, no universo de candidatos ao pleito,
apenas 31,18% são candidaturas de mulheres aos cargos de prefeita,
vice-prefeita e vereadora.
Nas eleições
deste ano, 51 municípios brasileiros têm somente mulheres como candidatas à
prefeitura, conforme levantamento realizado em meados de agosto pelo TSE.
Atualmente, as mulheres ocupam 10% das prefeituras e representam 12% dos
vereadores nas câmaras municipais.
Segundo a
Carta Capital, “há apenas uma cidade do Brasil onde a participação das mulheres em candidaturas nestas eleições é
equivalente à participação feminina no eleitorado. Baixio, no Ceará, onde
metade dos candidatos são do sexo feminino e metade do sexo masculino.
Levantamento de Carta Capital com base em
dados do TSE mostra que, em todos os outros 5.567 municípios que realizam
eleições neste ano, o número de mulheres é inferior ao de homens nas disputas.
Em 4.172 cidades (75% das que têm eleição), as candidatas sequer chegam a um
terço dos políticos na disputa. ”
Os avanços conservadores na política, com o
aumento de força da bancada evangélica no Congresso e a retirada de questões
relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual dos planos de educação
em todo o país são algumas das ameaças políticas enfrentadas pela população
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Constantemente
invisibilizadas, as pessoas que assim se identificam têm pouca
representatividade em termos de política: no Congresso, apenas Jean Wyllys
(PSOL) é gay assumido. No Executivo, a situação é semelhante, e em na maioria
dos municípios brasileiros, até hoje, nunca houve um prefeito ou vice-prefeito
LGBT.
A eleição municipal de 2016 será a votação
com mais candidatos declarados gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais que se tem notícia.
Dentro do quadro total de concorrentes para
cargos a prefeitos, vice e vereadores, esses candidatos representam 0,04%.
O índice pode parecer pequeno, mas a
existência de 215 políticos LGBT numa eleição é considerado bastante
representativo, já que se trata do universo registrado desde 1996.
Na eleição de 2012 o prefeito de Lins (SP),
Edgar de Souza (PSDB), foi o único candidato homossexual assumido a se eleger. Em
todo o país ao cargo de chefe do Executivo, segundo levantamento da Associação Brasileira
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Sociólogo
formado, ligado à igreja católica e à teologia da libertação, o prefeito
começou cedo na política. Em entrevista ao G1, Edgar contou que, apesar dos
ataques dos adversários na campanha do pleito passado, sua trajetória na vida
pública foi o principal motivo para obter 53,23% dos votos válidos e garantir a
eleição.
Se eleitos, como deveremos tratar os
companheiros e companheiras dos candidatos que tem relações homo afetivas?
O melhor tratamento é o respeito, depois cada
um dos companheiros e companheiras dos prefeitos (as), Vereadoras (res) eleitos,
devem definir como gostariam de ser tratados. Mais e você já pensou nesta
questão?