segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Todo artista tem que ir a onde o povo esta.



Foto: Rachel Lúcio
Chegamos ao final de 2012, um ano de muita luta para cultura da nossa cidade de Caicó. Criamos o fórum de cultura para discutir as politicas publicas do Governo Federal para os municípios da região do serido, a adesão dos municípios ao plano nacional de cultura e a criação do plano Estadual de Cultura.

Foi um ano de descobertas com passeiros de arte, a maioria pessoas simples que não são chamadas de artistas. Esse ano tive muitas oportunidades de escreve, dirigi e representar nossa expressão coletiva, e através do teatro fomos chamados de artistas em varias cidades da nossa querida região do Seridó.

O teatro é minha forma de expressão desde a minha infância, surgiu do espaço vazio e ganhou em nós a sua configuração.

A produção da cultura, acontece independente da vontade de qualquer governo, de qualquer instituição ou grupo, ela acontece pela vontade do fazer, da produção de cada indivíduo livre para criar. O que é produzido por cada um vai se confrontando e tecendo o tecido cultural de um povo.

O teatro tanto pode traduzir a expressão pessoal, como da mesma forma pode fazer num contexto grupal. Ordenar os estímulos que gera a expressão, e por ela verificamos a realidade recriada segundo a caracterização da inteligência e da sensibilidade, como, também da informação de que cada um é portador, nos dá a possibilidade de estarmos nos expressando com verdade.

Criamos e produzimos muito este ano, o que nós falta é a compressão da força que temos como produtores culturais, nos falta a coragem de sermos mais ousados e fazer da nossa arte uma porta aberta para emancipação de todos nós, Agir deferente dos nossos governantes, que só beneficiam os amigos do rei. Como artistas temos a missão de interferi de forma orgânica na elaboração de uma cultura criativa que seja oposição a uma cultura receptiva orientada pelos padrões de consumo da sociedade capitalista, que tem como foco o lucro, impedindo que a arte exerça, de forma absoluta, seu papel social transformador.

Precisamos em 2013 fazer cultura, que faz de cada um agente transformador e não agentes de manutenção da exploração da arte pelo capital. Desejo que todos saiam da sua zona de conforto e se jogue nos palcos, nos espaços, nas ruas e praças para brilhar, para ser estrela. Mas também pra ser agente transformador da nossa história.

O que é CAPS III?




 A rede de saúde mental pode ser constituída por vários dispositivos assistenciais que possibilitem a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa. Ela deve funcionar de forma articulada, tendo os CAPS como serviços estratégicos na organização de sua porta de entrada e de sua regulação.
Depois de um longo processo de luta, discussão, organização e pactuarão Caicó estalou um CAPS III de caráter regional para atender os municípios da região do Seridó que pactuarão para ter o serviço. Outra luta foi a conquista do concurso publico para contratação de profissionais permanentes para que o serviço fosse de qualidade e de forma horizontal aberto 24 horas.
O que é lamentável é encontra um serviço que até moção honrosa recebeu do ministério da saúde totalmente desconfigurado, a começar pelo atual espaço físico que apesar de uma boa localização não oferece a menor condição de funcionamento de um CAPS III de caráter regional, e o pior é o comportamento totalmente descomprometido da atual equipe de profissionais, totalmente sem condições de trabalho e totalmente apáticos a realidade imposta pela gestão. O CAPS não realiza mais matriciamento, não tem gerenciado a rede de saúde mental como responsável pela construção da rede de assistência em saúde mental, não realiza atividades de terapia ocupacional segundo relato dos próprios usuários e deixou de lado a rede de integração social que vinha sendo constituída com grupos e instituições do município. Nos últimos 2 anos não foi registrada nem uma atividade de prevenção ou de esclarecimento para o resto da população.

O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida. O que é lamentável é que as novas instalações do CAPS III não tem identificação de que é um serviço de saúde mental, como também não compre as exigências básicas que vão desde a acessibilidade a estacionamento reservado pra uma ambulância para receber uma emergência. Onde estão os órgãos reguladores que estão permitindo todas essas irregularidades.